Estudo sobre Pretos Velhos e Caboclos


Matéria extraída do site: jornalzinho do chico.



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• Umbanda e o Tráfico Negreiro •

Reale Jr. —  O senhor acha que os espíritos que se manifestam nos terreiros de

umbanda, dizendo-se guias de cura, pretos velhos, índios, caboclos, são espíritos

evoluídos? Como explica as curas conseguidas por muita gente conhecida, em

terreiros? Será que o mal pode apresentar-se através do bem, ou então tomando

a sua forma?
Chico Xavier — Nós respeitamos a religião de Umbanda como devemos
respeitar todas as religiões. Vamos recorrer aos casos das leis cármicas.
Nos séculos passados, nos três, quatro séculos passados, nós — vamos
dizer coletivamente — não estamos falando do ponto de vista individual,
mas na condição de brasileiros, buscamos no berço onde nasceram milhões
de irmãos nossos reencarnados nas plagas africanas, para que eles
servissem nas nossas casas, nas nossas famílias, instituições e
organizações, na condição de alimárias. Eles se incorporam,
depois de desencarnados, às nossas famílias. Eles renasceram do nosso
próprio sangue, nas condições de nossos irmãos, para receberem, de nossa
parte, uma compensação que é a compensação chamada de amor, para
que eles sejam devidamente educados, encaminhados, tanto quanto nós
pretendemos educar-nos e encaminhar-nos para o progresso. Então temos
a religião de Umbanda que vem como uma organização dos espíritos,
recentemente, porque quatro séculos significam um tempo curto nos
caminhos da eternidade. Recentemente trazidos  para o Brasil eles se
organizaram agora, seja numa condição ou noutra. Nós no Brasil, não
conseguimos pensar em termos de cor. Nós todos somos irmãos. De modo
que eles organizaram uma religião sumamente respeitada também. Eles
também veneram a Deus, com outros nomes. Veneram os emissários de
Deus, com outros nomes. Respeitamos todos e acreditamos que em toda
parte onde o nome de Deus é pronunciado, o bem pode se fazer. Agora
encontramos na Doutrina Espírita, individualmente e coletivamente, a faixa
que nos compete no campo de evolução,para estudos do nosso 
destino, para estudos da imortalidade. Quanto a problemas de cura,
permitimonos lembrar uma coisa: às vezes nós pedimos socorro a
determinadas organizações para a cura imediata de determinados
impedimentos físicos. Essa cura, parece, talvez, forçada por nossas
exigências, porque muitas vezes os nossos irmãos, trazidos das plagas
africanas, se habituaram, de certo modo, a obedecer-nos quase que
cegamente. Eles se afeiçoam a nós com uma afeição terrível, do ponto 
de vista do egoísmo de que nós todos, por enquanto, principalmente 
se referindo a mim, somos portadores. Então exigimos uma cura que
se faz de imediato no campo físico, mas nos esquecemos de que, às vezes, 
a cura física é um caminho para encontrarmos, mais adiante, desastres 
morais de conseqüências imprevisíveis. Então se as curas demoram no
 ambiente kardequiano, ou se demoram no campo da medicina,
vamos respeitar o problema dessa demora, porque aquilo se verifica 
em nosso próprio benefício. Porque muitas vezes uma doença
 física, ou determinada provação em nossa vida doméstica, nos poupa 
de acidentes afetivos ou acidentes materiais, ou de fenômenos
 extremamente desagradáveis em nossa vida.
Fonte http://www.consciesp.com.br/pla_2arquivos/pinga_fogo.pdf

Desagravo aos pretos velhos e caboclos



Autor : Blog dos Espíritos

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