Vidas em Outros Planetas na Visão Espirita



De todos os globos que constituem o nosso sistema planetário, segundo os Espíritos, a Terra é daqueles cujos habitantes são menos adiantados, física e moralmente:Marte lhe seria ainda inferior eJúpiter muito superior em todos os sentidos.
Sol não seria um mundo habitado por seres corpóreos, mas um lugar de encontro de Espíritos superiores, que de lá irradiam seu pensamento para outros mundos, que dirigem por intermédio de Espíritos menos elevados, com os quais se comunicam por meio do fluido universal. Como constituição física, o Sol seria um foco de eletricidade. Todos os sóis, ao que parece, estariam nas mesmas condições.
O volume e o afastamento do Sol não tem nenhuma relação necessária com o grau de desenvolvimento dos mundos, pois parece que Vênus está mais adiantado que a Terra e Saturno menos que Júpiter.

Muitos Espíritos que animaram pessoas conhecidas na Terra disseram estar reencarnados em Júpiter, um dos mundos mais próximos da perfeição, e é de admirar que num globo tão adiantado se encontrem homens que a opinião terrena não considerava tão elevados. Isto, porém, nada tem de surpreendente, se considerarmos que certos Espíritos que habitam aquele planeta podiam ter sido enviados à Terra, em cumprimento de uma missão que, aos nossos olhos, não os colocaria no primeiro plano; em segundo lugar, entre a sua existência terrena e a de Júpiter, podiam ter tido outras, intermediárias, nas quais se tivessem melhorado; em terceiro lugar, naquele mundo, como no nosso, há diferentes graus de desenvolvimento, e entre esses graus pode haver a distância que separa entre nós o selvagem do homem civilizado. Assim, o fato de habitarem Júpiter, não se segue que estejam no nível dos seres mais evoluídos, da mesma maneira que uma pessoa não está no nível de um sábio do Instituto, pela simples razão de morar em Paris.

As condições de longevidade não são, por toda parte, as mesmas da Terra, não sendo possível a comparação de idades. Uma pessoa, falecida há alguns anos, quando evocada, disse haver encarnado, seis meses antes, num mundo cujo nome é desconhecido. Interpelada sobre a idade que tinha nesse mundo, respondeu: “Não posso calcular, porque não contamos o tempo como vós; além disso, o nosso meio de vida não é o mesmo; desenvolvemo-nos muito mais rapidamente; tanto assim que há apenas seis dos vossos meses nele me encontro, e posso dizer que, quando à inteligência, tenho trinta anos de idade terrena.

Muitas respostas semelhantes foram dadas por outros Espíritos e nada há nisso de inverossímil. Não vemos na Terra tantos animais adquirirem em poucos meses um desenvolvimento normal? Porque não poderia dar-se o mesmo com o homem, em outras esferas? Notemos, por outro lado, que o desenvolvimento alcançado pelo homem na Terra, na idade de trinta anos, talvez não seja mais que uma espécie de infância comparado ao que ele deve atingir. É preciso ter uma visão bem curta para nos considerarmos os protótipos da criação, e seria rebaixar a Divindade, acreditar que, além de nós, ele nada mais poderia criar.

Fonte: Livro dos Espíritos – Allan Kardec (Livro Segundo – Mundo Espírita ou dos Espíritos / Cap. IV – Pluralidade das Existências / Item III – Encarnação nos Diferentes Mundos)

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Planeta Júpiter

Atribuídas ao Espírito de Bernard Palissy, que foi na Terra célebre oleiro no século XVI, eis de forma sintética algumas revelações sobre Júpiter:

- A
 temperatura ali é suave e temperada, a água é mais etérea e uma espécie de luz espiritual é que ilumina o planeta.

- A conformação física de seus habitantes é igual à nossa, mas a base da alimentação é puramente vegetal.

- A
 existência física no planeta equivale, em média, a cinco séculos.

- A
s principais ocupações dos homens de Júpiter são o encorajamento dos Espíritos que habitam os mundos inferiores, a fim de que perseverem no bom caminho.

- N
ão há em Júpiter infortúnios a serem aliviados e seus habitantes pertencem à segunda ordem* – todos são bons, mas uns são mais adiantados que outros na perfeição.


Fonte: Revista Espírita – 1858 (Júpiter e alguns outros Mundos - Págs. 112 a 119.)

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